quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Resposta ao Abel Albuquerque

Ao ler os Objetivos deste Blog, o internauta
Abel Albuquerque diz:

"A questão não é tão simples como dizem os manuais ou mesmo como nossas boas intenções sinalizam.Existem uma série de interesses em jogo tais como: desejo paranóico pelo poder, ganância, egoísmo, interesses pessoais, necessidade de sobrevivência etc.Nas relações humanas quer sejam religiosas, sociais ou políticas estes sentimentos estão implacavelmente presentes.O primeiro passo neste tipo de relação é compreender essas necessidades básicas do ser humano, mormente quando se trata de poder institucional.O segundo passo é separar Deus de Igreja, enquanto instituição. Há uma tendência das pessoas se decepcionarem com a igreja e, por conseguinte se decepcionarem com Deus. No final terminam não ficando nem com Deus nem com a Igreja.O terceiro passo é separar a administração da real e verdadeira igreja, ou seja, o corpo de Cristo, aqueles que adoram em verdade e espírito.A administração não é a igreja. A igreja é constituída por pessoas que mantém um relacionamento pessoal com Deus. E nenhuma administração ou logotipo de igreja pode retirar de alguém.Finalmente, eu gostaria de concluir dizendo que respeitar diferenças não é fácil. Exige maturidade espiritual, emocional e intelectual".


Prezado Abel, agradeço de coração seu comentário. Sua primeira frase contém uma verdade que não devemos subestimar. Nossa proposta de promover o entendimento e a paz é realmente uma tarefa muito complexa. Só não posso concordar que as intenções devam ser totalmente desconsideradas. Tudo bem que o mundo está cheio de boas intenções que nem sempre são levadas a cabo, no entanto temos orado e colocado nas mãos de nosso Deus esse projeto.

Entendo perfeitamente que temos uma série de interesses em jogo e entendo que os mesmo são uma tremenda barreira a ser transposta. Todavia, se minhas boas intenções, por muitos consideradas como uma utopia, forem acompanhadas de um esforço ainda que solitário, quero acreditar que aos poucos, com a graça de Deus, outros “sonhadores” por uma igreja mais unida e dinâmica se juntarão ao nosso projeto.

Lembro-me, e acredito que muitos conhecem a história (se verdadeira não sei) do pescador que ao amanhecer do dia, caminhando pela praia, se dava ao trabalho de atirar as estrelas-do-mar para dentro do oceano antes do Sol nascer. Questionado por alguém que o observava, de que suas intenções e esforço não seriam capazes de salvar os animais marinhos espalhados por toda a praia, o pescador respondeu: “Não importa, pelo menos estou fazendo a minha parte”.

Outro ponto importante salientado em seu comentário diz respeito à incapacidade de muitas pessoas em não conseguirem fazer a separação entre Deus e a igreja (instituição). Sem dúvida, esse é um problema muito comum, principalmente pelo fato do preparo inconsistente das pessoas ao adentrarem para a igreja. Com certeza são pessoas que devem manter um relacionamento com Deus (se é que mantém) de forma muito superficial. Suas raízes estão muito expostas ao calor das provações. Conseqüentemente, ao observar os mandos e desmandos de líderes, sejam eles leigos ou do clero oficial, ficam escandalizados e acabam fracassando em sua vida cristã.

Olhar para Jesus, manter comunhão com Ele e adorar a Deus em espírito e verdade é, sem contestação, o caminho do cristão verdadeiro. Mas o cristão não pode se imaginar sozinho neste mundo. Deve unir-se a outros e é aí que muitas vezes encontraremos certo grau de dificuldade, pois desconhecemos quem realmente está agindo com integridade. Quero dizer com isso que, na igreja (qualquer que seja), sempre encontraremos pessoas sinceras e verdadeiras e também as que aparentam ser e que ali se encontram pelos mais diversos interesses. Como disse, ao final de seu comentário: “Não é fácil respeitar as diferenças. Exige maturidade espiritual, emocional e intelectual”.

O que não podemos é olvidar o conselho da Palavra de Deus em Hebreus 10:22 a 25.
“Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.

Que Deus nos guie sempre e fortaleça nossas intenções para agirmos segundo Seu poder. Amém!



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Respostas ao Marcos e Suely

Ao final da postagem sob o título “Sumário”, da página que consideramos a página de entrada deste Blog tivemos um comentário, conforme segue:

Marcos Cruz disse:
“Até que enfim apareceu alguém corajoso. Esta “guerra”, não sei se "santa", deve acabar. Nosso desejo é que não haja "vencidos" nem "vencedores", mas apenas VENCEDORES em nome do Senhor Jesus”.

Olá Marcos, muito obrigado por nos escrever. Desculpe-me a demora em lhe responder. Particularmente também não vejo santidade alguma nessa guerra, apenas assim me referi para destacar o perigo desse procedimento, pois pessoas que se dizem cristãs, tanto de um lado quanto do outro, ou seja, tanto os defensores da posição oficial da igreja (instituição), quanto àqueles que discordam desse posicionamento jamais deveriam tomar tempo para desferir ataques uns contra os outros. Infelizmente isso vem acontecendo. Se temos convicção da verdade, precisamos lembrar que a mesma, se nos concede coragem para defendê-la, também nos motiva a fazê-lo com amor e respeito.

O fato de pregarmos o amor nos relacionamentos entre os cristãos não nos impede, porém, de discorrermos sobre as tendências e rumos de nossa igreja. Acreditamos que isso precisa ser analisado e discutido entre os irmãos das igrejas locais e assim buscarmos um maior e mais íntimo relacionamento com Deus que certamente nos guiará ao verdadeiro reavivamento que nos tornará aptos, em Cristo Jesus para recebermos a coroa reservada aos vencedores, aqueles que, “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”. (João 17:21)

Que Deus nos abençoe neste rumo. Amém!

Tivemos um outro comentário ao final da postagem de “Apresentação”, o qual segue abaixo:

Suely disse:

“Olha, depois de ler seus comentários aqui nesse Blog... não quero fazer crítica. Só quero mencionar que já fui uma adventista, mas fui expulsa por não acreditar em uma trindade, onde a própria igreja que somos nós acredita e cultua. Quando descobri a verdade fomos contra os dirigentes falar para que eles voltassem a estudar e ver que estão ao lado de todas as outras denominações, porque todas acreditam em uma trindade, exceto algumas que todos conhecem como Testemunhas de Jeová, etc..Legal Você fazer isso, mas essa briga é mundial, mas apesar de tudo todas as religiões estão corrompidas. Por isso devemos sair de lá. Daí,muitos dizem: “Mas eu não vou sair porque não pratico o mesmo. Mas, na real pratica sim e muitos ali não estão ligados a Deus e sim a um templo. Grata por ler, amigo. Tenha um bom sucesso em que Você diz ser direção de Deus. Que Deus o guie em águas tranqüilas é o meu desejo e minha oração”.

Prezada irmã Suely, pode ter a certeza de nossa gratidão por nos haver escrito. Isso é muito bom porque nos proporciona a oportunidade de expressarmos nossos sentimentos, desde que o façamos com respeito e dignidade, tal como fez. Sentimos o ocorrido com a irmã, o ter sido desligada do rol de membros. Particularmente, acho que a igreja, nessas questões doutrinárias, deveria agir à semelhança do procedimento exposto no livro de Atos. Aliás, recomendo a leitura do artigo “Divergências na Igreja”, por mim postado neste Blog.

Sou da opinião de que, se existem divergências de pensamento, o caminho seguido pelos pioneiros de se reunir para analisar o assunto com muita oração, certamente Deus vai iluminar as mentes no estudo das Sagradas Escrituras. Como desconheço todos os detalhes de sua experiência com os líderes da igreja, é certo que não posso nem execrá-los e tampouco defendê-los. Posso apenas afirmar que, infelizmente, existem líderes, pastores ou anciãos, agem de modo muito diferente do conselho bíblico.

Creio também que muitos, como a irmã, estão em busca da verdade, mas não a tem ainda tão sedimentada, afinal o processo de assimilação varia de pessoa para pessoa, por isso não podemos fazer um julgamento quanto a estarem no erro por pensarem desta ou daquela forma. Se estiverem em busca da verdade e o fazem de coração, no momento certo Deus as guiará.

Reafirmo aqui meus agradecimentos por nos escrever. Que Deus nos abençoe sempre. Amém!